Paraminenses mobilizados lotam Câmara Municipal para debater e protestar contra a reforma da Previdência


Recentemente os profissionais da educação deixaram as salas de aula e foram para as ruas de Pará de Minas e deram uma verdadeira aula de luta por direitos conquistados aos demais trabalhadores. Além de participarem de manifestações realizadas no município, também cruzaram os braços para protestar contra a reforma da Previdência Social.

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Durante as manifestações o destino deles foi escritório do deputado federal Eduardo Barbosa. Eles cobram do parlamentar o voto contrário e a luta pela derrubada do projeto. Em faixas escreveram frases de protesto e deram o recado aos deputados federais: “quem vota a favor da PEC 287, não volta”.

Apesar da flexibilização de alguns pontos do texto original apresentado pelo governo federal, os paraminenses continuam mobilizados e contrários à reforma da Previdência Social. O texto do relator será lido nesta quarta-feira, 19 de abril, na Comissão Especial que debate o tema na Câmara dos Deputados, em Brasília.


Na Câmara Municipal os vereadores aprovaram requerimento convidando os deputados federais que foram votados no município para discutir a reforma da Previdência com os paraminenses. Mas nenhum deles atendeu ao convite. No primeiro momento disseram que tinham outros compromissos e que nova data seria agendada, o que não ocorreu.

Os sindicalistas de Pará de Minas também se reuniram com o deputado federal Eduardo Barbosa para protestar contra a reforma da Previdência, uma vez que o parlamentar paraminense faz parte da Comissão Especial que discute o tema na Câmara dos Deputados.

Na noite desta terça-feira (18) dois eventos foram realizados em Pará de Minas com objetivo de debater, protestar e fortalecer a mobilização contrária a reforma da Previdência. Em um deles, advogados e especialistas debateram o assunto com alunos do Curso de Ciências Contábeis da Unincor.


Outro debate ocorreu no plenário da Câmara Municipal de Pará de Minas e surgiu da parceria firmada entre representantes do Sind-Ute/MG, Escola Estadual Nossa Senhora Auxiliadora e o Legislativo paraminense que apoiou o evento.

A cientista política Jéssica Naime, que atua no escritório do Rio de Janeiro do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (DIEESE), ministrou palestra abordando pontos importantes sobre a reforma da Previdência Social para o público que lotou as galerias da Câmara Municipal de Pará de Minas.

Jéssica Naime destacou a importância da sociedade brasileira se inteirar desse assunto que vai causar impacto fulminante na vida de todos. Para ela não existe déficit na Previdência Social. Ao contrário até este momento o saldo é superavitário. Entretanto, se a reforma for aprovada como o governo quer, aí sim, vai faltar dinheiro para pagar até quem já está aposentado:

Jéssica Naime
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Ela argumenta que a aprovação da reforma contribuirá para a manutenção e o aumento da desigualdade entre a parcela da população que recebe valores mais altos e o restante que se mantém com um pequeno benefício de aposentadoria. Com a reforma da Previdência proposta por Michel Temer, ela acredita que os banqueiros se apropriarão ainda mais da renda nacional:


Jéssica Naime
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Jéssica Naime também já está mobilizada e convoca a todos para aderirem a Greve Geral contra a reforma da Previdência Social marcada para o dia 28 de abril. Ela destaca a importância da união das centrais sindicais em torno de um único propósito e participará do evento no Rio de Janeiro, onde trabalha:

Jéssica Naime
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O representante do Sind-Ute/MG em Pará de Minas Anderson de Oliveira Viana acompanha de perto todas as discussões sobre a reforma da Previdência. Para ele a flexibilização de alguns pontos do texto original se deve ao fato que o governo federal sentiu a pressão das ruas e teve que recuar. Mas ainda não é o bastante para atender o interesse do trabalhador brasileiro:


Anderson de Oliveira Viana
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Anderson de Oliveira Viana disse ainda que em Pará de Minas o movimento atuam em duas frentes de trabalho. Uma delas para mobilizar os deputados federais para votar contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que retiram direitos conquistados. A outra frente é informar a população sobre o teor das reformas defendidas pelo governo Michel Temer.

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