Secretário rebate provedor e sugere Polícia Federal para passar o hospital a limpo

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O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), o único de Pará de Minas, segue seu calvário com sua eterna crise econômica. Parece que ninguém consegue sanar as finanças do hospital e colocá-lo para funcionar como a população espera.

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Ao longo dos anos muitos tentaram resolver esta questão, mas não conseguiram. Em reunião recente como políticos a diretoria afirmou que a dívida da entidade está perto de R$ 12 milhões. Também culpou a falta de repasses da Prefeitura de Pará de Minas e do estado pela crise que o hospital enfrenta.

O prefeito Antônio Júlio de Faria não concordou e disse que estava rigorosamente em dia com a entidade. Acrescentou que já fez muito pela unidade de saúde, mas ninguém reconhece e só culpam a prefeitura.

O provedor do HNSC Osvaldo Alves Leite respondeu dizendo que o prefeito falta com a verdade ao afirmar que está em dia com os repasses para o hospital e citou números.

Antônio Júlio de Faria não gostou de ouvir do provedor que ele estaria faltando com a verdade e respondeu para a diretoria do hospital, que eles estão fraquejando e querendo jogar a culpa nos outros pelo fracasso deles.

Na mesma entrevista concedida ao Portal GRNEWS o provedor do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Osvaldo Alves Leite, afirmou que até mesmo os recursos do SUS está difícil receber.

A declaração também foi rebatida pelo secretário municipal de Saúde, Cléber de Faria Silva. Ele argumenta que os recursos vindos do Governo Federal, os quais ele como secretário é o gestor, são do município, podendo a secretaria contratar qualquer prestador de serviços. Cléber de Faria Silva disse que existe apenas uma pendência da Rede de Resposta, mas os demais estão em dia e agregam ao valor da tabela do SUS:

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Sobre o convênio de subvenção, o secretário afirma que o termo é bem claro e o repasse só é feito se houver disponibilidade de caixa nos cofres do município. Também não acredita que os médicos terão coragem de parar os serviços conforme estão anunciando:

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Cléber de Faria Silva cita que ocorre um esvaziamento de atendimentos no HNSC e se os médicos cumprirem a promessa de paralisar parcialmente suas atividades, poderão responder omissão:

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A Associação Médica de Pará de Minas (AMPM) já enviou nota ao Portal GRNEWS confirmando que os médicos suspenderão as internações eletivas pelo SUS, particulares e de convênios a partir do dia 18 de novembro, caso não recebam honorários que estão atrasados há 10 meses e plantões que não são pagos há cerca três meses.

O provedor do hospital Osvaldo Alves Leite também disse que o hospital não tem dinheiro para quitar estas pendências. Cléber de Faria Silva não acredita que os médicos cumprirão esta promessa. Diz ainda que se eles suspenderem os atendimentos particulares, os médicos terão que mudar de Pará de Minas:

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O secretário diz que o pagamento dos médicos é de responsabilidade da diretoria do hospital, que por ocasião das eleições, seus membros concorreram aos cargos porque quiseram. Também aponta uma situação orquestrada internamente para culpar a prefeitura pelos problemas:

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Cléber de Faria Silva diz que é preciso apurar todos os problemas do hospital, inclusive dos profissionais que estão sempre envolvidos nestas crises, com mais um ou dois que apareceram agora, entendendo que são lideranças.

O secretário também levanta questões importantes sobre a atuação dos médicos do hospital. Diz que o Ministério Público de Minas Gerais está ciente dos fatos e sugere que a Polícia Federal deveria ser acionada para apurar os fatos e passar o HNSC a limpo:

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O secretário municipal de Saúde, Cléber de Faria Silva, explicou que o dinheiro da Rede de Resposta disponibiliza R$ 200 mil a mais para os cofres do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Mas ele acredita que pelo esvaziamento dos atendimentos no HNSC, os municípios da microrregião de Pará de Minas podem pedir a retirada do recurso porque não tem assistência há meses:

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A microrregião de Pará de Minas é formada pelos municípios de Conceição do Pará, Igaratinga, Leandro Ferreira, Nova Serrana, Onça de Pitangui, Pitangui e São José da Varginha.

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