Inadimplência de mutuários pode fazer o sonho da casa própria se tornar um pesadelo


O programa Minha Casa Minha Vida e outros financiamentos de imóveis lançamentos no mercado possibilitaram que milhares de brasileiros realizassem o sonho de sair do aluguel por adquirir a casa própria.

Dados mostram que somente em 2018 a Caixa Econômica Federal vendeu 4,9 mil imóveis e arrecadou mais de R$ 591 milhões. No ano passado, foram 10,5 mil construções vendidas, ao valor total de mais de R$ 1 bilhão.

Porém, a crise econômica que o país enfrenta está afetando o mercado imobiliário. Um fator agravante é que atualmente são mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados e sem condições de pagar prestações.

De acordo com especialistas, o aumento de imóveis tomados por instituições financeiras também ocorre por causa das mudanças na Lei nº 9.514/97, que dispõe sobre a alienação fiduciária.

As alterações começaram a valer em 2015. O procedimento é de que um bem seja transferido como garantia do pagamento de um débito. Não há previsão de negociação administrativa com os bancos.

A partir de 90 dias de atraso, ou seja, três parcelas, as instituições financeiras podem mandar uma notificação. Se o mutuário não pagar, ele perde o imóvel, que vai a leilão e pode ser comprado por outro interessado.

Eduardo Bráulio de Souza, gerente geral da Caixa Econômica Federal em Pará de Minas, diz que o financiamento habitacional é uma excelente opção para a família sair do aluguel. Porém, é uma dívida de longo prazo e em caso de dificuldade em quitar as parcelas é preciso procurar o banco:


Eduardo Bráulio de Souza
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Como cada caso é um caso é preciso analisar as possibilidades junto aos agentes financiadores. Em Pará de Minas existem mais cinco mil contratos habitacionais e a cada semestre no máximo 10 mutuários perdem o imóvel por falta de pagamentos:

Eduardo Bráulio de Souza
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A perda do imóvel é a última opção para sanar o débito do mutuário com o banco que efetuou o financiamento. Quando as vendas são feitas por leilão ou de forma direta, o valor da dívida é apurado e se sobrar recursos eles são devolvidos ao ex-mutuário:

Eduardo Bráulio de Souza
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Os economistas sempre orientam as pessoas a planejarem os gastos para que as despesas não ultrapassem as receitas. Dívidas de longo prazo precisam ser muito bem estudadas e levando em conta qualquer revés financeiro.

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