Coordenadora do CTI cobra ajuda do município, diz que médicos pagam para trabalhar, mas ninguém reconhece

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Conforme vem sendo divulgado amplamente pelo Portal GRNEWS, a eterna crise financeira enfrentada pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) vem se arrastando há décadas e uma solução definitiva ainda não foi encontrada.

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Chegou ao ponto de os médicos paralisaram parcialmente os atendimentos eletivos na instituição de saúde, mantendo a rotina normal apenas no Pronto Socorro, na Maternidade e no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

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O movimento durou pouco mais de um dia. A diretoria do HNSC procurou uma instituição financeira e renegociou dívidas. Além disso, foram solicitados recursos para que os plantões atrasados fossem pagos.

Os procedimentos realizados serão pagos em dez parcelas a partir de janeiro de 2017. Os médicos fizeram uma assembléia e decidiram doar 20% dos recursos devidos a eles para o único hospital de Pará de Minas e ainda receber o restante em 10 parcelas ao longo de 2017, pelos serviços prestados em 2016.

O atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), particular e através de planos privados de saúdes continua normalizado. Contudo, alguns profissionais de medicina ficaram indignados com a repercussão da crise do hospital.

Este é o caso da médica especialista em Cardiologia, Luciana Alves, coordenadora do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HNSC. Ela afirma que nenhuma autoridade ajudou a entidade a sanar os problemas da falta de pagamentos dos profissionais:

Luciana Alves
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Para a cardiologista o prefeito Antônio Júlio de Faria deve analisar os déficits gerados pela defasagem das verbas enviadas pelo SUS e tomar as devidas providências. Ela frisa que os médicos que estão pagando para trabalhar:

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Ela revela que é muito caro o valor pago pela titulação do CTI no Ministério da Saúde, em Brasília. A profissional conta que doa parte daquilo que teria direito a receber para ajudar a manter a Centro de Terapia Intensiva do hospital de Pará de Minas:

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A profissional disse que está indignada com o não recebimento dos salários que deveriam ser pagos pelos serviços prestados. Ela reforça que isso é uma questão de sobrevivência e de dignidade dos médicos:

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A paralisação de atendimento dos médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição, o único do município e da microrregião, durou, oficialmente, 34 horas e foi encerrada no fim da tarde de sábado (19).

As partes não suportaram tamanha pressão, que aumentou, após audiência convocada pelo promotor de Justiça Charles Daniel França Salomão na tarde da sexta (18), na qual ele disse que os atores seriam responsabilizados em caso de omissão de socorro, a diretoria do HNSC se mexeu e fez uma renegociação de dívida e propôs um acordo com aos médicos.

Mas foi um acordo paliativo que não agradou a maioria dos médicos. Eles afirmam que há cerca de dez meses não recebem honorários por serviços prestados em 2016, e ainda abriram mão de 20% daquilo a que tinham direito, mesmo assim receberão o restante em dez parcelas a serem pagas em 2017.

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