Mudanças no Mais Médicos resulta na dispensa de quatro cubanos e mais gastos para a prefeitura de Pará de Minas


Criado em 2013 pelo governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) o programa Mais Médicos tem como objetivo contratar profissionais de saúde para trabalhar em postos de saúde de municípios onde a demanda não é atendida a contento.

A prioridade é para os médicos formados no país. Porém, existem brasileiros formados em outros países e estrangeiros que tiveram a graduação no Brasil. Eles tiveram os diplomas reconhecidos pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida).

Dentro do programa os profissionais recebem 30% dos salários e 70% é deduzido em folha e enviado ao governo de Cuba. Atualmente são pagos mensalmente R$ 11.865,60 para os médicos cubanos.

Esse valor é pago pelo governo federal. Entretanto, eles recebem apenas R$ 3 mil. Todos os médicos têm alimentação e moradia custeados pelas prefeituras das cidades ontem trabalham.

Recentemente o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) condicionou a continuação do programa a aplicação do teste de capacidade, ao pagamento do salário integral aos profissionais e a liberdade para trazerem suas famílias para o Brasil.

Com isso o Ministério da Saúde Pública de Cuba decidiu não continuar no programa Mais Médicos. Com isso os profissionais cubanos deverão deixar o país a partir do dia 25 de dezembro, gradualmente e de forma organizada.

Paulo Duarte, secretário municipal de Saúde, explica que o programa continua apesar das mudanças. Os profissionais que passaram no processo nacional ou pelo Revalida continuarão atuando. Somente os cubanos estarão deixando o projeto:


Paulo Duarte
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Nove profissionais do programa Mais Médicos prestam serviços em Pará de Minas. Destes, quatro são médicos cubanos e devem deixar o país. Agora será aberto um novo edital para suprir as demandas. Enquanto o procedimento burocrático não acontece a prefeitura já contratou os profissionais:

Paulo Duarte
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A mudança resultará em mais despesas para os municípios atendidos pelos profissionais cubanos. Um grande desafio para os gestores que enfrentam uma grave crise financeira devido à falta de repasses por parte do Governo do Estado de Minas Gerais:

Paulo Duarte
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O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, anunciou que a partir de quarta-feira (21), os médicos brasileiros interessados em suprir as vagas deixadas pelos cubanos poderão se inscrever para a seleção.

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