Idosa está no P.A. há 16 dias tentando internação no hospital e desabafa emocionada: “a vida do pobre é muito ruim”

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A partir desta sexta-feira (18) os médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) iniciarão uma paralisação parcial dos atendimentos histórica. Apenas os casos de urgência e emergência receberão assistência. Prometem atender só casos com iminente risco de morte.

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A decisão foi confirmada em nota divulgada pela Associação Médica de Pará de Minas (AMPM), assinada pelo presidente Éverton Marinho Paiva e pelo diretor clínico do HNSC, Evandro Ferreira Campos.

Os profissionais reclamam do atraso nos pagamentos de plantões e outros procedimentos. Segundo a categoria, nem mesmo os valores dos convênios foram repassados para os médicos e ficaram retidos no HNSC para pagamento de despesas.

A diretoria da entidade já informou que o problema está no atraso de repasses de verbas por parte do Estado e da Prefeitura de Pará de Minas. Segundo o provedor Osvaldo Alves Leite, o problema do HNSC é financeiro e dívidas contraídas na gestão passada estão sendo pagas.

O secretário municipal de Saúde, Cléber de Faria Silva, disse que os repasses de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão em dia e as subvenções não foram encaminhadas integralmente por causa das dificuldades financeiras do município. Explicou ainda que nesse último caso o repasse não é obrigatório e depende de disponibilidade de dinheiro em caixa.

O gestor da saúde pública do município afirmou também que a paralisação dos médicos do HNSC já vem ocorrendo de forma covarde e branca. Informou que nos últimos meses os pacientes estão ficando no Pronto Atendimento Municipal José Porfírio de Oliveira (P.A.)porque o hospital vem dificultando as internações.

A informação foi confirmada pelo diretor do P.A., Moisés Gabriel de Abreu. Segundo ele, existem casos de pessoas que estão permanecendo muitos dias “internado”, sendo que isso não pode ocorrer no Pronto Atendimento, que ainda tem que arcar com custos de exames para diagnóstico e o consequente encaminhamento para um hospital da região, quando conseguem uma vaga. Falou ainda que hospital dá desculpas esfarrapadas para não aceitar internações.

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No Pronto Atendimento Municipal, a reportagem do Portal GRNEWS conversou com Conceição Auxiliadora de Morais. Ela revela que está no P.A. há 16 dias depois que teve um problema de veias. Mesmo sendo bem atendida, ela chora ao dizer que não tem condições financeiras para custear a internação e o tratamento:

Conceição Auxiliadora de Morais
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De acordo com o prefeito Antônio Júlio de Faria (PMDB), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) será inaugurada no próximo mês. A nova estrutura contará com mais recursos para atender aos pacientes do SUS e encaminhá-los para a internação em hospitais.

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