Servidores estaduais ficam sem IPSEMG e pagam juros por atrasos do Estado aos empréstimos consignados


Vários hospitais de Belo Horizonte e de municípios do interior do estado estão suspendendo os atendimentos a pacientes que são conveniados ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG).

Apenas os casos de urgência e emergência estão recebendo assistência médica e hospitalar. A medida vem sendo tomada pelas entidades por causa da falta de repasses por parte do governo estadual.

Em Pará de Minas o interventor do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e secretário municipal de Saúde, Paulo Duarte, informou que a unidade de saúde não recebe verbas estaduais há seis meses.

Os recursos da chamada Rede-Resposta são destinados à manutenção dos plantões e não estão sendo depositados na conta da entidade. Também o Pró-Hosp não tem enviado nenhum valor para ajudar no custeio.

Sem o faturamento dos serviços fica inviável o HNSC atender a demanda dos usuários do IPSEMG. A situação é gravíssima, pois os servidores estaduais não estão recebendo os salários em dia.

Leandro Augusto de Assis Fonseca, presidente da subsede do Sind-Ute em Pará de Minas, afirma que o hospital de Pará de Minas é referência na microrregião e deixará de atender pelo IPSEMG em breve.

Ele ressalta que o governo de Minas Gerais está descontando a contribuição mensal para o IPSEMG diretamente na folha de pagamento dos servidores e não está repassando ao órgão, gerando uma situação caótica:


Leandro Augusto de Assis Fonseca
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Outro problema sério é em relação aos empréstimos consignados contraídos pelo funcionalismo público estadual. O governo está descontando os valores do pagamento dos servidores e não repassando para os bancos.

Com isso as instituições financeiras cobram juros pelos atrasos e comprometem os rendimentos dos trabalhadores. Para piorar ainda mais, o nome do devedor é registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC):

Leandro Augusto de Assis Fonseca
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O estado de Minas Gerais já decretou estado de calamidade financeira devido a queda na arrecadação diante de grandes despesas. Os municípios também enfrentam grandes dificuldades por causa da falta de recursos, inclusive por causa dos atrasos de repasses de verbas estaduais.

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